Bipolaridade e vida cotidiana
Hoje eu quero falar de Bipolaridade. Sei que esse tipo de post não dá ibope, mas esse é um dos assuntos que costumo abordar aqui, então...
Leio muito sobre o transtorno para entender melhor o que acontece comigo, pois quanto melhor entendo as coisas, mais fácil é lidar com elas e converte-las em bem, mesmo que elas sejam más.
Pois é, leio muito sobre o assunto e vejo textos que poderiam ter sido escritos por mim, menos pelas "vantagens" da fase de euforia da doença. Não tenho euforia, tenho mania, sou bipolar tipo 2. Essas crises são basicamente de muita irritação, pensamento acelerado e hoje sinto a incapacidade de lidar com coisas simples da vida.
O bom é que com o tratamento já não me puno mais. Não me obrigo a agir com a normalidade que os outros esperam. Não sou normal afinal das contas. Não preciso ter as mesmas reações das outras pessoas. Choro por coisas pelas quais outras pessoas não chorariam e em momentos definitivos apenas me recolho a um sofrimento pessoal, íntimo, profundo, que talvez não vejam ou percebam, mas que está ali. Talvez por isso as pessoas não entendam.
Sempre esperam que você melhore, que o remédio milagrosamente te faça não ter os sintomas e te equilibre definitivamente. Sinto informar que não é assim. O remédio melhora a vida com toda a certeza e te dá uma vida, só não faz milagres. Agora consigo refletir antes de agir, além de entender o que é do transtorno e o que não é. Faz diferença isso, acreditem.
Estou escrevendo sobre isso hoje para refletir comigo, isso ajuda muito. Portanto, quem tiver medo do tema ou preferir usar esse espaço para amenizar o dia, passe para outros posts. Meu blog tem coisas legais, alto astral e úteis para a vida de outras pessoas. Posts como o de hoje têm utilidade para mim e isso me basta.
7 responderam:
Oi Ozenilda, tenho um filho que é bipolar, e sei que o que vc está fazendo ajuda muito.bjs.
Ozenilda,
como eu tenho mudanças de humor com a maior facilidade, também não sou compreendida.
Estou fazendo terapia, por outros motivos, mas, estou adorando.
Quem sabe seja uma ideia para vc.
Beijo:)
Janice
Nilda, acho bom que vc tenha a coragem de se abrir e comentar um assunto desse no seu blog.
Pelo pouco tempo que participo desse universo, deu pra perceber que as pessoas que vem aqui não vem somente para procurar coisinhas diferentes pra copiar, mas também para buscar informações diversar e também uma maneira de se relacionar com outras pessoas que dividam a mesma opinião.
Se vc consegue conviver com alegria, mesmo tendo esse transtorno, então vc é uma guerreira.
Beijos no coração.
Fica bem!
Ana de Geo
Frô, sei direitinho o sobre o que fala e do que sente, pois comigo não é diferente...
tanto que tb já faleri sobre no meu blog e se quiser ver, tá aqui o link:
http://www.blogdonamelia.com/2010/08/transtorno-bipolar-do-humor-meu-buraco.html
Xêros
Paty
Nilda,
quando a gente gosta de uma pessoa a gente gosta dela toda viu?!!!
Bjs.
Nilda, adoro pessoas que tem coragem. Cheguei a vc, justamente porque o título do post me chamou a atenção, já que seu blog estava linkado no que eu estava visitando.
Sou bipolar, diagnosticada há 13 anos. E como vc, procurei muita informação para saber o que acontece comigo, já que tudo o que acontece comigo interfere nas relações com outras pessoas.
A terapia é boa, pq ensina vc a enxergar determinados "sintomas" e qto tempo dura uma fase...
Olha, não é fácil ser como somos. Não mesmo. E é buscando apoio, mesmo que dentro de uma concha, que a gente se mantém em pé.
Passei pra parabenizar a coragem e dar meu apoio, dizendo que: te entendo demais!
Bjo
Oi, Nilda
Sei o que vc passa, meu marido é bipolar. É uma luta, mas, realmente, estudar o tema ajuda muito.
Super beijo, me escreve: flaviawoolf@gmail.com
Fica com Deus.
http://casinhabonitinha.blogspot.com/
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