Zilda Arns

Zilda Arns, brasileira, gente boa de Deus, mulher do Evangelho da graça, na melhor definição que essa expressão pode ter, morreu vítima de um terremoto, no país mais pobre das Américas; morreu, mas morreu de pé e trabalhando como queria, como sonhara.

Um país que pedia socorro mesmo antes da terra tremer. Um país que sofria com o abandono das potências ricas do mundo capitalista.

Não foi à toa que Dr Zilda Arns disse que um mundo mais rico não faria diferença para a humanidade, mas um mundo com igualdade social. E é era esse o objetivo da luta dessa boa samaritana, a luta pela igualdade, mesmo que fosse a igualdade de não morrer ainda infante, como nos países ricos, como os filhos dos ricos.

Boa samaritana sim, pois encarnou o discurso de Jesus no Evangelho, transcrito por Lucas (cap 10, ver 30-37) e socorreu mães, crianças e suas famílias, independente de cor da pele, religião, status social. Apenas os via sofrendo e os aninhava em sua bondade, na esperança de ver um mundo melhor.

Hoje ela está com Deus, no reino de Sua glória, mas seu legado fica sobre esse mundo. Fica especialmente no trabalho de outras mulheres que aprenderam com ela a socorrer o seu próximo e vem nessa ação a propagação da vida.

Prêmio Nobel da Paz? Talvez venha, mas não faz diferença, pois a verdadeira paz ela levou aos que estendeu as mãos durante sua vida e usufrui hoje ao lado de Deus em seu descanso eterno.