Eles merecem viver!

As pessoas que frequentam meu blog sabem que eu resgatei quatro gatos na rua e eles vivem hoje em segurança na minha casa, com lugar pra dormir, conforto, segurança, comida de boa qualidade, assistência veterinária e muito, muito carinho. São animais felizes, estão castrados e não participarão de uma estatística cruel de animais que procriam em escala geométrica enquanto os lares para acolhê-los são sempre poucos.

No sábado passado, por volta das 16 horas, estava num posto de gasolina perto de casa, esperando meus familiares para irmos a uma festa na qual a banda em que meu irmão toca iria fazer um show, quando olhei e vi um cachorrinho, muito magro, cheio de chagas pelo corpo e praticamente sem pelo vagueando sem rumo. Chamei o animal e ele veio em minha direção abanando o rabo e quando peguei no rosto dele, ele ardia em febre.

Naquele momento não tive dúvidas, peguei o animal, que gritou desesperadamente de dor, coloquei no carro e levei à veterinária dos meus gatos. Quando foi pré-examinado, veio a suspeita de leishimaniose e pasmem, ele estava com 40 graus de febre. Naquele mesmo momento ele foi medicado, recebeu uma camada de pomada nas chagas e muito carinho da Dra Bárbara e de uma amiga dela que estava no consultório. O cachorrinho ficou lá com ela e hoje mandamos material para análise num laboratório de leishimania. Espero em Deus que ele não tenha essa doença, senão, ele terá que ser sacrificado, pois no DF é proibido aos veterinários tratarem animais com a doença.

De tudo, o que mais me causa espanto nessa história é ver o descaso das autoridades que sabem que a região do Lago Norte e Colorado, no DF, são áreas endêmicas de Leishimaniose e não têm uma política de combate e controle da doença. Simplesmente eliminar animais não resolve o problema. Essa doença é transmissível ao homem e causa muito sofrimento.

O cachorrinho está internado no consultório da veterinária, sendo cuidado, comendo bem e amanhã tomará um banho com produtos para melhorar as feridas. Espero que esse seja um início de vida pra ele e não apenas um paliativo pré-morte, que é o que o descaso das autoridades sanitárias deste país estão impondo aos animais quando nada fazem para combater doenças malditas como essas.

Não coloquei foto do cachorrinho aqui, porque não tirei nenhuma. Como disse, estava indo para uma festa e precisei ser rápida no resgate e hoje também não levei a máquina na hora da visita.